Gestão do Conhecimento: como operar e manter um ativo não palpável?

É sabido que toda organização almeja ter e reter em seu quadro os melhores especialistas das suas atividades CORE. O que ainda não é tão evidente assim é como capturar, armazenar, disseminar e reutilizar os conhecimentos até então concentrados em poucos empregados que, por vezes, não trabalham em todos os processos que necessitam de seu conhecimento ou, inclusive, deixam a empresa e levam consigo todo o conhecimento retido em suas mentes ou anotações particulares.

A Gestão do Conhecimento é a chave para este problema: faz-se necessário gerir o ativo “conhecimento” assim como é feito com os demais ativos da empresa: há de se haver e seguir um modelo de operação e um plano de manutenção! Eles são essenciais para que este ativo esteja sempre vivo na empresa, agregando cada vez mais valor aos processos!

Quando se fala em Gestão do Conhecimento (GC) muitas empresas/pessoas entendem, erroneamente, que a GC é uma área administrativa responsável por viabilizar vários tipos de ações e eventos: reuniões, roadshows e workshops aleatórios, capacitações individuais, implementação do lean, dentre outros. Esta é a principal armadilha na qual uma área de GC não pode cair: a GC só existe efetivamente se houver razão e conexão entre os processos/ações geridos por ela e os conhecimentos críticos para aquela empresa ou departamento, além da própria conexão entre os processos de GC em si. Ou seja: ações isoladas e/ou desgovernadas não geram conhecimento e, portanto, não deveriam ser denominadas “Gestão do Conhecimento”.

Posto isto, entende-se que o maior desafio da Gestão do Conhecimento é se estruturar de forma sistemática, explícita e intencional, buscando gerar ganhos efetivos para a área cliente. Para tal, um bom planejamento da estratégia de GC deve garantir o alinhamento com a cultura organizacional e a estratégia de negócio.

Flaviana é Gerente de Gestão do Conhecimento, FEL e Integração de Projetos na Vale. Formada em Engenharia Elétrica pela UFMG e pós-graduada em Engenharia Ferroviária pela PUC-MG, possui também MBA em Gestão Empresarial pela FGV.

Com 19 anos de Vale, já atuou diversas áreas e setores, desde operação de trens e manutenção de locomotivas e vagões, passando também pelas áreas de engenharia e gestão do conhecimento de minas e usinas.

Apaixonada por cuidar das pessoas e por desafiar o status quo das áreas onde atua, Flaviana já foi responsável por projetos importantes na Vale relacionados à utilização de fontes renováveis de energia em locomotivas (biodiesel e gás natural), bem como participou ativamente de projetos com foco em produtividade, como o desenvolvimento de um dispositivo para acoplamento automático de locomotivas (patente PI1009171-8). Seu último desafio foi construir a GC da área de Minas e Usinas da Vale, sendo responsável pela formação da equipe dedicada e pela construção de dois ambientes físicos focados no desenvolvimento de mais de 2,5 mil empregados técnicos operacionais através de técnicas modernas de aprendizado,

incluindo utilização de simuladores e de realidade virtual. Considera como seu próximo desafio elevar a maturidade da GC de Projetos da Vale, garantindo o fechamento consistente e constante do ciclo: coleta, retenção, disseminação e reuso.

Flaviana é mãe de duas princesas; Maitê (6 anos) e Maya (3 anos) e é casada com Diogo, a quem considera seu companheiro de vida e de aventuras. Nas horas vagas Flaviana aproveita para fazer atividades com a família ao ar livre e em contato com a natureza, desde caminhada até mergulho de cilindro. Viajar e conhecer novas culturas também faz parte de sua essência, assim como carrega dentro de si o desejo de sempre fazer a diferença por onde passa, seja na vida pessoal, seja na profissional.

Um comentário

  1. Diogo

    Excelente artigo!!!

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