Inovação e Gestão do conhecimento: duas faces da mesma moeda?

Por incrível que pareça, ainda é difícil o consenso para definir o termo inovação. Para alguns autores inovação é algo novo, há outros que não conseguem nem chegar ao acordo sobre o que poderia ser considerado novo; e e há ainda aqueles que entendem que a distinção do que é ou não é uma inovação se dá pela palavra novidade e da percepção da inovação.

Por incrível que pareça, ainda é difícil o consenso para definir o termo inovação. Para alguns autores inovação é algo novo, há outros que não conseguem nem chegar ao acordo sobre o que poderia ser considerado novo; e e há ainda aqueles que entendem que a distinção do que é ou não é uma inovação se dá pela palavra novidade e da percepção da inovação.

Alguns (1) argumentam que todas as inovações implicam em modificações, mas nem todas as modificações serão inovações, pois elas nem sempre serão percebidas. Joseph Schumpeter defendia o entendimento da inovação como “a introdução de novos produtos, novos métodos de produção, a abertura de novos mercados, a conquista de novas fontes de fornecimento e a adoção de novas formas de organização” (2), como uma forma de sobreviver no ambiente competitivo.

Sabe-se que foco de atenção de muitas organizações está voltado aos resultados trazidos pelas inovações radicais/disruptivas, porém existe também aquela evolução gradual, passo a passo, que também pode ser considerada inovação. Esta última pode ser tão necessária, ou até mais, que a versão radical para garantir a sustentabilidade do negócio. Assim, a inovação também pode ser entendida como o desenvolvimento de uma cultura que permite produzir e levar ao mercado um fluxo constante de inovações menores e incrementais (3).

Sendo assim, podemos trazer à luz da discussão três categorias/tipos de inovação:  

Incremental: tem como objetivo a melhoria dos produtos e serviços existentes na organização;
Evolutiva: tem como objetivo incorporar à organização práticas existentes no mercado que não são ainda desenvolvidas na organização; e
Disruptiva: tem como objetivo trazer a quebra de paradigmas e criar novos mercados.

Se de um lado existe a inovação, do podemos ter um ambiente capacitante para a inovação por meio do conhecimento. Aqui também existe muita discussão sobre as definições e tipos de conhecimento, bem como as diversas formas para a sua gestão. A gestão do conhecimento deve ter como fundamento suportar a criaçãodo conhecimento, faciliar a sua disseminação na organização e acelerar suaincorporação nos processos, produtos e serviços.

Se as organizações forem hábeis o suficiente, o conhecimento será um dos alicerces para fomentar a inovção. Mas atenção! O conhecimento só terá valor se a organziação for capaz de entregá-lo a quem precisa, por isso a sua gestão é importante. Em outras palavras, sem o gerenciamento estratégico apropriado, dificilmente o conhecimento poderá ser considerado um diferencial competitivo (4).

Inovação e Gestão do Conhecimento são práticas distintas, independentes e normalmente são implementadas separadamente. Quando trabalhadas de forma integrada e alinhadas aos objetivos do negócio, elas podem ser um grande viabilizador para a execução da estratégia e alavancar o resultado dos negócios.

Como a sua organização aborda estes temas?

 Referências:

(1) QUINELLO, R. Inovação e melhoria nas facilidades e desempenho operacional. Tese Doutorado – Universidade de São Paulo, 2010. 
 (2) STEFANOVITZ, J. P. Contribuições ao estudo da gestão de inovação: proposição conceitual e estudos de casos. Tese Doutorado – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2011.    
 (3) BES, de F. T.; KOTLER, P. A Bíblia da Inovação – Princípios fundamentais para levar a cultura de inovação contínua as organizações . 1ª Ed. São Paulo: Leya, 2011.332p.
 (4) Fialho, F. A. P., Macedo, M., dos Santos, N., e da Costa Mitidieri, T.; 2006. Gestão do Conhecimento e Aprendizagem: As Estratégias Competitivas da Sociedade Pós-industrial. Florianópolis: Visual Books.

Sobre o autor: Leandro Loss é gerente de Gestão do Conhecimento na EY – Advisory Services. Ele tem mais de 10 anos de experiência na área de Gestão de Conhecimento e Aprendizagem Organizacional.

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