Modelos de GC: Modelo do guia europeu de Boas Práticas em GC

O modelo de GC proposto no Guia Europeu de Boas Práticas em GC foi produzido por uma equipe de projetos que trabalha em estreita colaboração com os membros do CEN (Comité Européen de Normalisation) na área de GC de setembro de 2002 a setembro de 2003.

Fonte: adaptado de CEN (2004)

Por Juliana Pinheiro

​O modelo de GC proposto no Guia Europeu de Boas Práticas em GC foi produzido por uma equipe de projetos que trabalha em estreita colaboração com os membros do CEN (Comité Européen de Normalisation) na área de GC de setembro de 2002 a setembro de 2003. O trabalho incluiu nove encontros em Bruxelas, Amsterdã e Berlim, bem como contribuições por e-mail da rede de pesquisadores em GC, conectados através do endereço eletrônico www.knowledgeboard.com (CEN, 2004).

​Foram analisados mais de 140 modelos de todo o mundo, tanto pensados por pesquisadores de GC, quanto por profissionais de GC, consultores e associações de GC. Tais modelos, seguindo uma metodologia similar a utilizada por Heisig (2009), foram coletados, categorizados e analisados ​​para identificar os elementos e aspectos que são amplamente utilizados. Também foi realizada uma revisão por vários especialistas da área e praticantes de GC ao longo do processo.

O modelo considera, como no modelo do Instituto Fraunhofer, três camadas como as mais importantes para a GC:

Negócio: deve estar no centro de qualquer iniciativa de GC e representa os processos de agregação de valor de uma organização, que tipicamente podem incluir desenvolvimento estratégico, inovação e desenvolvimento de produtos e/ou serviços. Esses processos representam o contexto organizacional no qual o conhecimento crítico, como o conhecimento sobre produtos e serviços, clientes ou tecnologia é criado e aplicado. Além disso, esses processos tornam-se cada vez mais interorganizacionais, à medida que as organizações operam em rede com fornecedores, parceiros e clientes.

Atividades do conhecimento: cinco atividades básicas de conhecimento foram identificadas como as mais utilizadas pelas organizações na Europa: identificar, criar, armazenar, compartilhar e usar. Vale destacar que tais atividades foram as identificadas por Heisig (2009) entre 2002 e 2003. Elas representam a segunda camada da estrutura formando um processo integrado e são realizadas como apoio aos processos de negócios mais amplos. A integração e o desempenho dentro de uma organização devem ser suportados pelos métodos e ferramentas de GC corretos.

Facilitadores: estes representam a terceira camada e compreendem duas categorias principais, chamadas de conhecimento pessoal e conhecimento organizacional, que se complementam. O conhecimento pessoal inclui recursos tais como ambição; habilidades; comportamento; métodos, ferramentas e técnicas; gestão do tempo. As capacidades de conhecimento organizacional são aquelas que os líderes devem estabelecer para facilitar o manejo efetivo do conhecimento, tais como: missão, visão e estratégia; cultura; processo e organização; medição; tecnologia e infraestrutura.

Espero que o conteúdo esteja te ajudando de alguma forma.
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Sobre a autora:
Juliana Pinheiro possui dupla formação em arquitetura e engenharia civil pelo Programa FAU-POLI da USP.  É Mestra em Ciências pela Escola Politécnica da USP, com a dissertação Gestão do Conhecimento em Empresa Construtora. É sócia fundadora da ARQUITEIA, startup de reforma de interiores com foco em acelerar a venda ou locação de imóveis.

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