A filosofia antiga inovou em conhecimento, pois buscou explicar o mundo com mais racionalidade e pensar sobre Gestão do Conhecimento me remeteu as figuras de Sócrates e seu discípulo Platão.
Naquele tempo, era comum que os mestres formassem discípulos, pessoas que ouviam seus ensinamentos para aprender e também para difundir isso. Era como a transmissão de um legado, que envolvia diversas questões.
Sendo um grande opositor de debates inverídicos, Sócrates criou um método que em sua primeira etapa tinha o objetivo de levar o aprendiz a percepção de sua ignorância sobre determinado assunto.
A partir desse reconhecimento, trazer à luz o conhecimento, através de perguntas e apresentação de argumentos que o levassem a raciocinar sobre o assunto, até que a sua lógica o guiasse ao conhecimento. Esse método faz do aprendiz a figura principal para alcançar o conteúdo que necessita. O reconhecimento de sua ignorância seria o ponto de partida para acessar o verdadeiro conhecimento.
Já Platão, para explicar seu pensamento, utilizou uma alegoria que ficou conhecida como a “Caverna de Platão” descrita no livro “A República”. Nessa alegoria, vemos a dualidade de conceitos de escuridão e ignorância; luz e conhecimento.
O mito consiste na imaginação de uma caverna, com abertura para a natureza. No interior, o lugar está repleto de indivíduos, acorrentados desde o nascimento, e por trás deles há uma fogueira que gera luzes e toda a informação que possuem são as sombras projetadas na parede a sua frente.
Ao sair da caverna, o prisioneiro liberto se vê em plena luz, o que provoca um desconforto. Representa a busca pelo conhecimento, um caminho difícil, mas que permitirá o acesso a novas ideias e verdades.
Ao conhecer o mundo das idéias, o liberto volta à caverna porque, devido a seu elevado nível moral e intelectual, deseja ajudar seus semelhantes a se libertarem da ignorância.
Remetendo ao presente, o conhecimento está facilmente acessível através das redes sociais e internet. Porém, percebe-se uma padronização de informações e essa pesquisa instantânea não estimula questionamentos o que nos afasta do verdadeiro conhecimento.
Dessa forma, cria-se um ambiente de aceitação de informações falsas e sem aprofundamento, o que na alegoria é representado pelas sombras da caverna, como também as correntes que representam os preconceitos e a opinião que aprisionam os seres humanos à ignorância e ao senso comum, apesar de toda a informação e o conhecimento que temos a nossa disposição.
Esse breve texto faz analogias com relação a qualidade da informação e do conhecimento que deve ser verdadeiro e significativo. Fala da importância da disseminação e renovação do conhecimento e de métodos que propiciem essa passagem. Ressalta também o aprendiz como figura decisiva na geração e inovação do conhecimento.
O ambiente e a cultura são aspectos importantes na Gestão do Conhecimento. Para que um Programa de Gestão do Conhecimento sobreviva as dificuldades inerentes ao processo em todas as suas etapas – criação, registro, retenção, disseminação e inovação, é fundamental um ambiente de liberdade de pensamento e estímulo a participação ativa de todos os envolvidos na construção de uma nova condição organizacional.
Referências:
uol.com.br – https://mundoeducacao.uol.com.br › Filosofia
historiadomundo.com.br – https://www.historiadomundo.com.br › curiosidades
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br › FILOSOFIA
Bernadete Baptista, Psicóloga com pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos pela UFF e Arteterapeuta em formação.
Trajetória profissional em Gestão de Pessoas na área de Desenvolvimento de Pessoal com experiência em Gestão e Psicologia Organizacional.