Por Leandro Loss
O ano de 2020 foi eleito por muitas organizações como o ano da transformação digital. Além disso, o crescimento esperado da economia e as possíveis reformas no Brasil traziam perspectivas favoráveis aos negócios. Entretanto, ninguém esperava uma pandemia e com ela a necessidade do, agora famoso, distanciamento social.
Enquanto governos locais e a União estão no embate sobre qual é a melhor estratégia para conter o avanço da doença em terras tupiniquins, muitas organizações e os seus profissionais se viram forçados a trabalhar de casa e interagir com colegas, fornecedores e clientes por meio de plataformas virtuais.
Nesta nova realidade surgiram diversos desafios, dentre eles: Como garantir que as atividades serão executadas a distância? Como fornecer acesso a documentos relevantes e que são restritos às redes internas das organizações? Como manter o foco nas atividades do dia a dia e, ao mesmo tempo, compartilhar o espaço com cônjuges e filhos, isso sem contar com as distrações, novas notícias sobre o número de casos no seu município, além das redes sociais e séries de TV?
Neste cenário, os profissionais que trabalham com Gestão do Conhecimento devem focar nas maiores necessidades das organizações (alinhamento com o negócio), como:
- Disponibilizar conteúdos para plataformas mais acessíveis;
- Reforçar práticas que contribuam com a colaboração e o compartilhamento de experiências e boas práticas;
- Suportar times em como utilizar ferramentas de colaboração on-line (ver post SBGC “Roda de conversa sobre home office”).
- Criar campanhas de conscientização sobre quais as ferramentas são homologadas pela organização e que estão disponíveis;
- Formar uma parceria com os especialistas em tecnologia para disponibilizar novas ferramentas, se necessário;
- Relembrar os colaboradores que antes de mandar um e-mail ou ligar para algum colega que eles busquem as respostas para as suas dúvidas nas plataformas existentes;
- Explicar como proceder no uso de ferramentas de comunicação (do´s e don´ts) para aumentar a produtividade e evitar constrangimentos;
- Reforçar as instruções de como utilizar as ferramentas internas, especialmente wikis e ferramentas de busca;
- Alertar especialistas (SMEs: Subject Matter Experts) sobre a carga extra de trabalho e que as respostas devem, na medida do possível, ser publicadas em ferramentas de colaboração. Isso assegurará que diversas pessoas podem ter acesso ao conteúdo, ao invés de respostas individuais;
- Suportar a adoção, ao menos parcial, de práticas ágeis como backlog de atividades, ferramentas de priorização, dailys, entre outras;
- Trabalhar na curadoria de conteúdos/treinamentos on-line para os profissionais que não podem executar as atividades do dia a dia.
Esta lista, não exaustiva, traz alguns exemplos de ações que, se alinhadas com as necessidades das organizações, podem ajudar as organizações a minimizar os impactos neste momento sem precedentes na história.
E você? Quais práticas ou ações você acha que podem ser úteis? Deixe um comentário!
Sobre o autor:
Leandro Loss é Chief Knowledge Officer -CKO na 7D Analytics e diretor da SBGC