Uma nação ou uma empresa precisam de conhecimento para sobreviver e prosperar. Para o século XXI, esse é um senso comum. No entanto, a humanidade tem essa preocupação desde a Antiguidade.
Uma evidência disso é a Biblioteca de Alexandria, essa instituição histórica quase mítica. Sua missão mais conhecida era a de reter e organizar o conhecimento do mundo daquela época entre suas paredes. No entanto, algo que muitas pessoas desconhecem é que a biblioteca era também um centro de encontro de estudiosos. A atribuição deles era ler, compilar, compartilhar e discutir com seus pares aqueles conhecimentos que estavam organizados e enclausurados no suntuoso prédio da Biblioteca. Em outras palavras, a Biblioteca de Alexandria não era apenas um espaço de guarda, mas também um local de encontros e interações entre estudiosos do ocidente e do oriente.
Da Antiguidade até os dias atuais, no que diz respeito à informação e ao conhecimento, passamos pela invenção da imprensa de Gutenberg, dos computadores, da internet e da inteligência artificial. Tudo isso nos levou ao que hoje é chamado de Economia do Conhecimento, uma economia marcada pela necessidade do conhecimento não apenas para a obtenção e manutenção de poder, mas também para a garantia de sobrevivência de pessoas, empresas e nações.
O estágio atual da Economia do Conhecimento é marcado por algumas características que, até pouco tempo, eram conhecidas como VUCA (volatility, uncertainty, complexity e ambiguity, ou seja, volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade). Mais recentemente, especialistas passaram a rotulá-las como BANI (brittle, anxious, nonlinear, incomprehensible, ou seja, frágil, ansioso, não-linear e incompreensível).
É nesse ambiente complexo que as organizações públicas e privadas precisam prosperar e se manter na Economia do Conhecimento. E, por certo, algumas soluções vêm sendo pensadas para a sensação de caos que tem tomado conta das organizações, em especial no que diz respeito ao conhecimento presente em processos, atividades e pessoas.
Desde a década de 1990, a gestão do conhecimento tem sido apresentada como uma dessas soluções. A GC, processo sistemático de gestão, visa oferecer metodologias, frameworks e técnicas para a identificação de conhecimentos essenciais e críticos e o estabelecimento de estratégias para retenção, organização, transferência e aplicação desse conhecimento.
A finalidade da GC é assegurar a superação positiva e duradoura dos desafios organizacionais.
*Esse texto foi revisado com o auxílio do ChatGPT 3.5
Sílvia Mendonça Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em Documentação Jurídica. Coordenadora de Biblioteca, Gestão da Informação e do Conhecimento no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).