A Rosa dos Ventos da AMAZUL Tecnologia

A Gestão do Conhecimento (GC) tem se tornado essencial no mundo corporativo, especialmente em ambientes dinâmicos e complexos, onde a inovação e o aprendizado contínuo são fundamentais para o sucesso organizacional. Mas não podemos começar a tratar de Gestão do Conhecimento sem antes falarmos sobre o conhecimento. O conhecimento é para a mente o que a rosa dos ventos é para a navegação: uma ferramenta de orientação fundamental que guia e direciona em todas as esferas da vida. Assim como para as organizações.

Com base na analogia citada acima, o conhecimento é o principal ativo de uma organização. É o Tesouro Escondido que deve ser compartilhado, seja o explícito – aquele passível de codificação e sistematização, seja o tácito – aquele oriundo da experiência humana, difícil de ser verbalizado ou colocado em regras e manuais. Alinhar a definição do conhecimento para o contexto organizacional, pode contribuir para o engajamento e a colaboração dos indivíduos. “Facilita a comunicação e o alcance dos resultados. Facilita a promoção de uma cultura de conhecimento na organização. Facilita a execução dos processos de conhecimento e das práticas de gestão do conhecimento. Além disso, pode aproximar o tema com as áreas de negócio da organização.” 

O conhecimento é para nós da AMAZUL “um conjunto de informações, competências técnicas, experiências práticas e aprendizados acumulados, que são fundamentais para o desenvolvimento e a implementação de tecnologias de defesa.” O valor do conhecimento está na inovação e competitividade, nas tomadas de decisões, na eficiência e produtividade, no crescimento pessoal e profissional, na resolução de problemas e principalmente na valorização do capital humano. Hoje se fala no Trabalhador do Conhecimento, figura importante na execução dos processos do conhecimento. Os que geram, os que transferem, os que aplicam e absorvem o conhecimento. E um dos papéis do conhecimento é ser recurso estratégico que pode diferenciar uma empresa das suas concorrentes, criando vantagens competitivas sustentáveis. E por falar em criar, não podemos esquecer do Modelo SECI de Nonaka e Takeuchi (1994), onde a criação do conhecimento se faz através da socialização – externalização – combinação e internalização do conhecimento. Enfim, sem pessoas, não há conhecimento. E não basta somente o conhecimento, é preciso gestão. Hoje, vivemos na Era da Informação, onde a Inteligência Artificial está cada vez mais presente e transformando diversas áreas do conhecimento. Com a quantidade gigantesca de informações e conhecimentos disponíveis, se não houver uma gestão eficaz, corremos o risco de nos perder em um mar de dados desconexos, sem extrair valor real e aplicável. A Gestão do Conhecimento se torna, assim, essencial para organizar, compartilhar e utilizar esse conhecimento de maneira estratégica, garantindo que ele seja acessível e útil para todos os envolvidos. E para nós da AMAZUL, “Gestão do Conhecimento é portanto, procedimentos para a criação, transferência e retenção do conhecimento crítico da área nuclear e de construção de submarinos.” Na Teoria da Contingência – Estudos Organizacionais, a Gestão do Conhecimento é adaptável a cada área que entramos. É necessário muito esforço e conhecimento do negócio onde será implantada a Gestão do Conhecimento, a fim de que estejam alinhados e para isso, temos alguns Fundamentos, conforme Modelo SBGC:

Fundamento 1: a GC existe para suportar as prioridades de negócio, sem deixar de atender as necessidades gerenciais e de suporte. Isso significa que a prioridade principal da GC é gerar valor para os macroprocessos de negócio e, em segundo, para os macroprocessos de gestão e serviços corporativos.

Fundamento 2: a GC depende de um ambiente organizacional que habilite a valorização do conhecimento, da aprendizagem, da inovação, e da colaboração. Isso significa que as condições viabilizadoras necessitam ser evoluídas e desenvolvidas para facilitar o êxito da dinâmica da gestão do conhecimento.

E também, suas dimensões: Dimensão Cadeia de Valor, Dimensão Sistema de GC e a Dimensão Ambiente Organizacional.”

E com o domínio do Negócio em mãos, partimos para o Planejamento e Diagnóstico de Gestão do Conhecimento. O planejamento visa organizar e estruturar o conhecimento para facilitar o acesso a uma base comum, através da definição de escopo, objetivos e estratégias de implementação. Desafios como a adaptação dos colaboradores, falta de engajamento e tecnologias inadequadas podem dificultar o processo, no entanto, ao promover uma cultura de compartilhamento, os benefícios são maior eficiência, melhor tomada de decisão e redução de erros. A diversificação das iniciativas e a adaptação da comunicação são fundamentais para garantir o sucesso da implementação. E quanto ao Diagnóstico? O diagnóstico de Gestão do Conhecimento (GC) analisa a situação atual da área onde será implementada a GC, identificando o que já existe e o que precisa ser melhorado. Utilizando ferramentas como entrevistas, reuniões e questionários, se avalia a maturidade da GC em aspectos como liderança, processos, pessoas, tecnologia, processos de gestão do conhecimento, aprendizagem e inovação. O diagnóstico oferece uma visão clara do estado da GC, ajudando a identificar melhorias, desafios e propondo ações estratégicas. Organizações que gerenciam bem seu conhecimento são mais adaptáveis, mais competitivas e colaboradores bem informados e engajados tendem a ser mais produtivos e satisfeitos.

A Gestão do Conhecimento (GC) não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para qualquer organização que deseja prosperar em um ambiente cada vez mais competitivo.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Programa Essencial – Competências essenciais para o profissional da era conhecimento – Indagar. SBGC.

TAKEUCHI, Hirotaka; NONAKA, Ikujiro. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.

FUKUNAGA, Fernando. O significado do conhecimento nas organizações – M.Sc.

Clegg, Stewart R., Hardy, Cynthia, Nord, Walter R. Teoria da Contingência – Handbook de Estudos Organizacionais – Modelos de Análise e Novas Questões em Estudos Organizacionais

É Analista de Sistemas na Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., onde atua desde 2019. Com mais de 15 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, atuou como Analista de Sistemas em várias empresas do ramo de Engenharia Civil e como administradora de redes no Exército Brasileiro, liderando Projeto de Centralização da Internet, reduzindo custos com links próprios em 54 unidades organizacionais no Estado de SP.

Atualmente é desenvolvedora e administradora do Portal de Gestão do Conhecimento da AMAZUL – Portal SABER AMAZUL.

É formada em Ciências da Computação pela Universidade Católica de Santos, com especialização em Tecnologia da Informação Aplicada à Nova Economia pela FGV-RJ e especialização em Offensive Cyber Security – Red Team Operations pela FIAP.

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