Gestão do Conhecimento pode, através da colaboração da equipe, trazer perenidade aos processos de uma organização, ao fazer com que as pessoas compartilhem os seus famosos ”procedimentos de gaveta”, nivelando o conhecimento ao se compartilhar macetes, lições aprendidas e observações. No entanto, a Gestão do Conhecimento pode contribuir também par o desenvolvimento da equipe por meio da própria equipe.
Algumas vezes a capacitação para uma atividade requer um determinado curso que, além de caro, pode ser um tanto superficial e não atingir exatamente às necessidades da área. Nesse caso ficam perguntas que não foram respondidas, Mas não porque o treinamento foi ruim, e sim porque não foi algo direcionado.
A grande sacada de se usar a Gestão do Conhecimento na capacitação de equipes é que se pode utilizar o conhecimento tácito de alguém, aquele conhecimento obtido através de experiências pessoais, profissionais ou acadêmicas, e torná-lo explícito, na forma de treinamento interno.
Esse tipo de treinamento pode ser concebido de forma dirigida, focado em necessidades reais da organização. Nesse caso, é preciso identificar colaboradores que possuem esse perfil e que estejam dispostos a compartilhar com os colegas um pouco de seu conhecimento.
Em um primeiro momento é possível que se pense que apenas a organização ganha, economizando com cursos externos, porém não é bem assim. O profissional que fará o treinamento gastará algumas horas elaborando o curso e treinará os seus colegas, deixando momentaneamente suas atividades, e isso tem um custo.
As vantagens é que o treinamento focado se torna eficaz para a equipe, que tira maior proveito, e se torna uma forma de reconhecimento do profissional que ministra o curso, valorizando o seu conhecimento. Isso acaba sendo uma excelente forma de engajar alguém, fazendo que se sinta parte do organismo da empresa.
É claro que o desenvolvimento por meio de treinamento é uma das formas que se pode utilizar a Gestão do Conhecimento para este fim , mas existem outras tão eficazes quanto. A troca de experiências em fóruns digitais ou presenciais, e as comunidades de prática são exemplos disso.
As possibilidades são gigantes, então, não perca tempo e monte sua estratégia para desenvolver pessoas por meio de pessoas.
Sobre o autor:
Marcelo Oliveira
Jornalista e entusiasta da Gestão do Conhecimento e Inovação. Focal Point de inovação na EMBRAER, coordenando atividades de captação de ideias e ministrando treinamentos de Inteligência Coletiva/Inovação Incremental e de introdução a ferramentas de captação de ideias, para fomentar a cultura de Inovação. Acredita que a cultura da inovação abre portas, as quais podem mudar não só processos, produtos e serviços, mas principalmente a visão de mundo das pessoas!